Economia Criativa é a denominação do ciclo de criação, produção e distribuição de bens e serviços que reúnem em si valores econômicos e culturais, utilizando como matéria prima a criatividade e o capital intelectual para gerar, dentre outras coisas, riqueza, diversidade cultural e impacto social.
Tal demanda mercadológica surgiu diante da ampla digitalização e conectividade. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) mudaram a economia, a sociedade e o comportamento do consumidor, transformando, consequentemente, as empresas e os modelos de negócios.
Atualmente a palavra de ordem para o setor econômico é “experiência”. Eis o berçário de grandes ideias que abraçam o consumidor muito antes dele de fato pagar por aquele bem ou serviço. A publicidade é um grandioso exemplo de como o discurso impacta no consumo do produto, e tal discurso, seja ele racional ou emocional, afeta a relação do indivíduo com a marca. Contudo, nem sempre é preciso ir muito longe na criatividade: a escolha de uma boa playlist pode fazer o consumidor passar muito mais tempo na loja do que imaginava, e até cantarolar entre uma prova de roupa e outra.
Aumento na procura por profissionais que atuam na área de marketing, experiência do usuário (UX Design), bem como o número cada vez maior de trabalhos freelancers para fotógrafos, ilustradores e publicitários, por exemplo, é uma consequência visível das demandas do mercado. O foco, antes no produto, passa a ser o cliente e os modelos de relações de trabalho se tornaram muito mais fluidos e baseados numa necessidade pontual. É a chamada Economia Sob Demanda, caracterizada pela contratação de funcionários temporários e, até mesmo, remoto, como os tradutores sem vínculo formal, os fotógrafos e designers freelancers, os motoristas e entregadores de aplicativo, por exemplo.
Relação entre consumidores importa mais
As TICs também geram novos hábitos nos consumidores. A experiência que antes era analisada de forma individual (a minha experiência com tal marca/produto), hoje é analisada de forma coletiva (a experiência da sociedade com tal marca/produto). Vários sites e aplicativos permitem a avaliação dos produtos e serviços oferecidos, a comparação entre eles tendo em vista sua qualidade, durabilidade, usabilidade, preço entre outras características.
A lógica de confiança do consumidor hoje é de um usuário para o outro, a referência não é mais se a marca é boa ou não, por exemplo. O atendimento e produtos personalizados, com foco nas preferências e hábitos do cliente é a chave de ouro para a conquista de um público fiel e promotor, ou seja: aquele que vai sempre consumir e recomendar seu produto/serviço. Vale lembrar que as crenças, princípios, atitudes e discursos praticados pela marca pode fazer seu produto não vender, mesmo que seja o melhor produto disponível. É preciso reinventar a interação com os consumidores e a forma de informá-los.
Perfil do profissional criativo
Todo esse processo de transformação digital, foco no consumidor, personalização de conteúdo e demais ferramentas para o êxito da Economia Criativa, exige das empresas e profissionais novas competências e habilidades, como a flexibilidade e a liberdade. Um ponto importante que faz o profissional amar ou odiar tais dinâmicas trabalhistas é a relação de trabalho fluida, ou seja, sem um contrato fixo tradicional. Tal característica é positiva para as novas gerações visto seu perfil explorador e inventivo. Muitas vezes os jovens desejam aproveitar a vida viajando, por exemplo, e utilizam do trabalho remoto para se manter. Há também aqueles que buscam sempre novidades e acham uma chatisse um trabalho rotineiro, constante e repetitivo, estes desejam estarem imersos em novidades e novos desafios. Esses são os profissionais flexíveis, livres, que buscam soluções assim como formulam perguntas inusitadas e inovadoras, atuando diretamente na inovação e têm ideias brilhantes que arrebatam corações e tiram lágrimas em comerciais de 30 segundos, por exemplo.
Profissionais sem fronteiras, que sabem muito bem guiar o barco e navegar de forma eficiente no mundo digital, aqueles que apontam tendências, aproveitam oportunidade, inovam e ressurgem sempre cada vez mais capacitados, driblando crises e se reinventando. São esses profissionais o diferencial competitivo das empresas no mercado atual.
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Autor: giselle
Economia Criativa: a necessidade de se reinventar
Contexto no jornalismo: por que tão importante?
Desde criança temos contato com histórias a todo momento. E isso é algo cobrado de nós todos os dias ao chegar da escola e responder como foi nosso dia. Responder “bom” ou “ruim” não diz nada, assim como não adianta saber que a tartaruga ganhou da lebre sem entender de qual competição de trata. Os “porquês” e “comos” que antecedem os fatos constroem toda a cena, a narrativa que nos leva ao fato principal, o enredo que leva ao clímax: o contexto.
O jornalismo se propõe a responder muitas perguntas e as cinco principais delas são: o que, quem, quando, onde e porquê. “Quem, quando e onde” formam o cenário. “O quê” diz respeito ao acontecimento. E “porquê” é a motivação do fato ter ocorrido. Sem algum desses elementos o contexto fica perdido visto que se não sabemos onde a ação foi realizada, por exemplo, a corrida da lebre e da tartaruga poderia ter acontecido no fundo do mar, não seria uma surpresa a vitória da tartaruga, mudaria a moral da história.
A notícia fora do contexto não tem importância. Inclusive, se torna extremamente perigosa por deixar completamente livre a imaginação do receptor da mensagem. Determinar as circunstâncias do ocorrido é função prioritária do jornalista, faz parte da apuração.
Créditos: Pixabay Os diferentes contextos sociais direcionam a notícia para o entendimento de que, por exemplo, a derrubada do Cais José Estelita vai eliminar um ponto de possível tráfico de drogas e gerar empregos aos pedreiros sendo que, por outro lado, ocupará de forma particular um espaço público e o investimento deveria ser em prol da sociedade inteira e não dos mais ricos.
Há sempre, no mínimo, dois lados na mesma história e uma diversidade de visões sobre a realidade social em que vivemos. Sendo assim, tanto a visão dos pedreiros a favor da obra e dos seus empregos, e dos ativistas que lutam pela preservação e revitalização do espaço correspondem a mesma realidade.
É muita pretensão querer entender com totalidade as realidades do mundo. O jornalismo se propõe a noticiar com o máximo de detalhes possível os acontecimentos relevantes para a sociedade, é com a riqueza de detalhes e a pluralidade de fontes que tornam o contexto rico e possibilita que o leitor, ouvinte ou telespectador tire as próprias conclusões.