Categoria: Radio

  • O legado do Padre Roberto Landell de Moura

    Muita gente não sabe, mas foi um cientista brasileiro, que praticamente inventou o rádio, grande mídia de massa. O gaúcho Padre Landell de Moura (1861 – 1928), nasceu em Porto Alegre, e foi o pioneiro na utilização de ondas de rádio.

    Ele construiu e registrou os equipamentos necessários para a transmissão da voz humana por meio de ondas de eletromagnéticas ou da radiodifusão. Aos 16 anos de idade, através de manuscritos, afirmou ter inventado um aparelho telefônico similar ao do norte-americano Graham Bell.

    Em 1876, foi estudar na Escola Politécnica, localizado no Rio de Janeiro. Poucos meses depois de se mudar para a cidade carioca, viajou para Roma para se tornar padre. Sua formação eclesiástica ocorreu entre 1878 e 1886. Durante este período, Landell de Moura adquiriu seus conhecimentos em física, que contribuíram para suas descobertas futuras.

    Apesar de estar dividido entre sua fé e a ciência, Landell de Moura foi primeira pessoa a conseguir transmitir voz por ondas de rádio sem a utilização de fio. Em 1890, na cidade de São Paulo, aconteceu primeira demonstração pública da transmissão de voz. O experimento foi documentado pelos jornais da época. Em 1891, conseguiu patentear o equipamento no Brasil.

    Infelizmente, Landell não conseguiu ter apoio de entidades governamentais e da igreja. Foi para os Estados Unidos, onde conseguiu três patentes: “Transmissor de Ondas”, sendo precursor do rádio; “Telefone sem fio” e “Telégrafo sem fio”. Depois disso, retornou ao Brasil.

    Ao chegar ao Brasil, foi rejeitado pelos governantes, não conseguiu ter apoio nem investimento para que pudesse desenvolver as suas invenções. Tentou sensibilizar a Marinha para que utilizassem as suas descobertas na comunicação entre navios e tripulações, mas sem sucesso. Decepcionado e desiludido, o Padre Landell de Moura acabou abandonando suas pesquisas e passou a dedicar-se apenas à sua vida religiosa.

    A falta de conhecimento e de atenção contribuiu, de forma negativa, na possibilidade do rápido desenvolvimento de uma tecnologia nacional, da área de comunicação, no início do século.

    Existem controvérsias de que o Padre tivesse sido a primeira pessoa que realizou uma transmissão radiotelegráfica e o seu legado foi esquecido por muitos, inclusive em outros países. Alguns acham que ocorreu antes do italiano Guglielmo Marconi criar o primeiro sistema de telegrafia sem fio, em 1896.

    O Padre Landell de Moura ainda é prestigiado como cientista responsável pelas grandes invenções. Dentre suas descobertas mais avançadas, ocorrido em 1891, foi ter observado que as ondas curtas (de alta frequência) são mais adequadas para transmissões de longas distâncias. Fato que só entrou no consenso científico em 1920.

    Dica:

    Para quem deseja conhecer mais sobre este grande inventor, recomendo o livro: Padre Landell de Moura – Um Herói Sem Glória – O Brasileiro que Inventou o Rádio, a TV, e Teletipo. Do autor, Hamilton Almeida.

    Referências

    GARBIN, Luciana. Biografia desmistifica o Padre Landell de Moura, pioneiro do rádio. Disponível em: . Acesso em: 25 fev. 2020.

    MARQUES, Domiciano. Landell de Moura, físico brasileiro. Disponível em: . Acesso em: 24 fev. 2020.

    REVISTA GALILEU. Conheça o legado do padre Landell de Moura, pioneiro das telecomunicações. Disponível em: Acesso em: 10 mar. 2020.

    SUPER INTERESSANTE. Roberto Landell de Moura, o outro inventor do rádio. Disponível em: Acesso em: 24 fev. 2020.

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  • Rádio e Podcast são a mesma coisa?

    Rádio e Podcast são a mesma coisa?

    Muitas pessoas acham que rádio e podcast são a mesma coisa. Os dois são meios de comunicação e são em formatos de áudio. Apesar de terem características semelhantes e suas diferenças, ambos podem se complementar.

    O rádio é um meio de comunicação que propaga ondas eletromagnéticas. O objetivo é atingir um público de massa, ou seja, atingir vários ouvintes ao mesmo tempo. Os conteúdos variam em noticiários, músicas, humor, entre outros.

    Para ter acesso à informação, o ouvinte precisa sintonizar a estação que deseja ouvir. Algumas emissoras de rádio têm programação via web, que são transmitidos por meio do serviço streaming.

    Esta plataforma segue um cronograma e formato mais rígido. Quem está ao vivo, por exemplo, tem um tempo específico no dia em que quer transmitir alguma mensagem. Além do mais, é importante avisar sobre o horário em que a programação vai ao ar, para que os ouvintes tenham a oportunidade de ouvir a transmissão completa.

    Já os podcasts, são mídias de áudios voltadas para a transmissão de conteúdo na internet. O termo surgiu em 2004, com a junção entre as palavras Ipod (dispositivo da Apple) e Broadcast (transmissão online).  

    O principal objetivo do podcast é compartilhar o conteúdo. Pode ser integrado ao marketing de conteúdo. Os áudios são de diversos assuntos; sendo informativos, de esportes ou entretenimento. Possuem durações variadas, e podem atingir diferentes públicos e interesses

    É chamado de on demand, por ter uma comunicação sob demanda, uma pessoa poder fazer download, ouvir quando e onde quiser. Podem parar ou dar continuidade ao episódio. E tem a capacidade de reiniciar ou voltar a gravação, caso tenha perdido ou não entendido algo. Já no rádio, isto não é possível.

    Outra diferença é que os podcast não permite a transmissão de conteúdos ao vivo. É uma mídia prática e divertida, entretanto precisa de planejamento antes da gravação. Também é importante gravar o conteúdo com antecedência e fazer edições no áudio para que o material seja disponibilizado ao público. Geralmente, a maioria dos produtores de podcast não cobram pelo acesso à informação.

    As duas plataformas também possuem tempo de vida útil diferentes. As transmissões da rádio são muito curtas. O aparelho precisa estar ligado para que a informação seja passada ao público, e uma determinada notícia pode não ser mais relevante, em outra ocasião. Em relação aos podcast, seus conteúdos estão sempre sendo atualizados e disponíveis para seu público-alvo.

     

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    Referências

    BOSCARIOL, Matheus. Podcast: o que é, para que serve e como fazer um podcast. Disponível em: <https://comunidade.rockcontent.com/o-que-e-podcast/>. Acesso em: 7 fev. 2020.

    BYCAST. Rádio e podcast: entenda as principais diferenças! Disponível em: <https://blog.bycast.com.br/radio-online/radio-e-podcast-entenda-as-principais-diferencas/>. Acesso em: 1 fev. 2020.

    BYCAST. O que é podcast? Entenda a mídia e suas características. Disponível em: <https://blog.bycast.com.br/streaming/o-que-e-podcast-entenda-a-midia-e-suas-caracteristicas/>Acesso em: 5 fev. 2020.

    DARZI, Rodrigo. Conheça as principais diferenças entre rádio e podcast. Disponível em: <https://agenciaimma.com.br/conheca-as-principais-diferencas-entre-radio-e-podcast/>. Acesso em: 01 fev. 2020.

    FARIA, Bruno. Descubra quais são as diferenças entre rádio e podcast. Disponível em: <https://teletronix.com.br/blog/descubra-quais-sao-as-diferencas-entre-radio-e-podcast/>. Acesso em: 01 fev. 2020.

    SIMIM, Danival. Podcast e rádio: você sabe qual é a diferença? Disponível em: < https://maxcast.com.br/blog/podcast-e-radio-voce-sabe-qual-e-a-diferenca/>. Acesso em: 7 fev. 2020.

  • Contexto no jornalismo: por que tão importante?

    Desde criança temos contato com histórias a todo momento. E isso é algo cobrado de nós todos os dias ao chegar da escola e responder como foi nosso dia. Responder “bom” ou “ruim” não diz nada, assim como não adianta saber que a tartaruga ganhou da lebre sem entender de qual competição de trata. Os “porquês” e “comos” que antecedem os fatos constroem toda a cena, a narrativa que nos leva ao fato principal, o enredo que leva ao clímax: o contexto.

    O jornalismo se propõe a responder muitas perguntas e as cinco principais delas são: o que, quem, quando, onde e porquê. “Quem, quando e onde” formam o cenário. “O quê” diz respeito ao acontecimento. E “porquê” é a motivação do fato ter ocorrido. Sem algum desses elementos o contexto fica perdido visto que se não sabemos onde a ação foi realizada, por exemplo, a corrida da lebre e da tartaruga poderia ter acontecido no fundo do mar, não seria uma surpresa a vitória da tartaruga, mudaria a moral da história. 

    A notícia fora do contexto não tem importância. Inclusive, se torna extremamente perigosa por deixar completamente livre a imaginação do receptor da mensagem. Determinar as circunstâncias do ocorrido é função prioritária do jornalista, faz parte da apuração.

    Créditos: Pixabay

    Os diferentes contextos sociais direcionam a notícia para o entendimento de que, por exemplo, a derrubada do Cais José Estelita vai eliminar um ponto de possível tráfico de drogas e gerar empregos aos pedreiros sendo que, por outro lado, ocupará de forma particular um espaço público e o investimento deveria ser em prol da sociedade inteira e não dos mais ricos.

    Há sempre, no mínimo, dois lados na mesma história e uma diversidade de visões sobre a realidade social em que vivemos. Sendo assim, tanto a visão dos pedreiros a favor da obra e dos seus empregos, e dos ativistas que lutam pela preservação e revitalização do espaço correspondem a mesma realidade.

    É muita pretensão querer entender com totalidade as realidades do mundo. O jornalismo se propõe a noticiar com o máximo de detalhes possível os acontecimentos relevantes para a sociedade, é com a riqueza de detalhes e a pluralidade de fontes que tornam o contexto rico e possibilita que o leitor, ouvinte ou telespectador tire as próprias conclusões.